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Âncora com asas.



By  bomdiathams     terça-feira, março 27, 2012     
Felizes os imunes ao tempo, a poeira, as passagens pra daqui a pouco.
Felizes os que entrelaçam-se agora a mãos e corpos de seus parceiros sem pensar em dizer: até.
Até que sejam os minutos finais do começo de tudo que não se esperava pra tão cedo.

Quando se pensa no futuro, as linhas do pensamento transportam pra insegurança do desconhecido. 
O que será, que será?, perguntou chico. O que seremos?

Sereno. Se chove, onde alaga, alarga a intuição dos passos que passearão calçadas doutras cidades...
e passarão placas. Passarinhos também. E lembrarei do seu canto. E da sua voz. E serei, por um minuto, triste.
Porque nenhum canto canta como o seu, nenhum voo voa como o seu, nenhum passo passa como o seu.
Nenhum amor ama como o seu.


( E eu nunca vou me esquecer.)




"bem-vindo ao início do fim de um novo começo."

Sobre bomdiathams

Escrevo porque não sei lidar. Por isso sou tentativa, despedida, impossibilidade que termina em tempestade. Escrevo porque não me resta alternativa se não derramar. Escrevo pra me livrar, ser um dia livre - e inconstante, como todas as minhas nuvens. (Jornalista, militante e capitã da areia.)

Um comentário:

Poeta da Colina disse...

Somos imunes ao tempo, não vivemos dele.