É de mar esses olhos castanhos que me convidam para um mergulho - sempre me perguntei muito o que os olhos castanhos tem de tão especial para merecer minha atenção constante -. Os seus, em específico, parecem diferentes dos outros tantos pares que prendiam a minha mente.
Não sei se é o tom inigualável deles, meio esverdeados, feito uma paleta de cores misturadas que não sabem bem definir-se. Talvez seja isso o que seu olhar busca toda vez que encontra o meu: uma definição. Suas cores contrastam com o meu básico preto-e-branco. Essa espiral, esse arco-íris, essa mescla dos mais variados tons soam tão alto que eu não sei como lidar com as palavras ditas. Talvez eu queira essas cores dentro dos meus olhos.
Sou pseudo-especialista nas palavras escritas, mas por vez ou outra alguma coisa me ocorre para que o tilt aconteça e consequentemente uma abstinência do que sai da minha boca para tentar te impressionar. Porque você tem uma grandeza de espírito impressionante. Eu me calo por não saber o que dizer a tantas cores explodindo ao mesmo tempo.
São sugestivos meus gestos para te tocar, são sugestivos meus olhos pra te procurar, são sugestivas minhas mãos para te alcançar.
Talvez o problema seja mesmo esse: sou um náufrago sugerindo rotas pelo brilho dos teus olhos e me encanto fácil pelo que eles podem oferecer.
Ou não.
Que hajam refúgios, que hajam rotas, que hajam mapas para terminarmos no mesmo caminho e que os mesmos ofereçam a segurança que nossos corpos tão frágeis por dentro precisam para se abrigar.
Que possamos nos abrigar. E que as tempestades terminem.
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