Me acomodo no desejo de esperar
Espero uma abertura do amor
Em condição de se rasgar
Se subo ao topo... Desespero e sorrio
Contemplo um adeus de um eterno vazio
Sempre que posso me alerto sobre o perigo de cair
E se escuto é porque estou surda
E se falo quero estar muda.
Do que me deu a distância além da vontade de medir?
Um ponto de partida onde não há como partir
Ficarei, e forte
Sem garrafas no fundo da geladeira
Aprisionando fotos sem movimento
Jogando no ar o que fora só sentimento
E ainda sim, o preto e branco parece me enganar
Eu sei de mim
Só não sei por quem esperar
Eu sempre sei algo sobre mim
Sei do risco de estar sobre um corpo
Há alma e amor, mas é tudo muito pouco
Sei que procurar a solidão é fuga
Ainda sei um pouco mais
E procurar entreter seu coração não cabe a mim
Não lhe prometo uma obra sem antes prometer uma desconstrução
Não farei um filme se não for real
O estrangulo será refugiar o coração
E ainda assim eu peço para realmente não se aproximar
Fique no seu eterno universo, somente seu
Aprendi a esperar a incerteza do que serei eu
Por isso me aproximo e digo que nunca virão
Amanhã eu logo sumo com algo pulsando nas mãos
Porque desde que me conheço por gente
Passei a conhecer também a iminente
Condição de ser para sempre e só...
ser para sempre só.
Um comentário:
muito foda *-*
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